Taxas
críticas também são observadas em Campos Sales (16%), Jaguaribe (16%), Tauá
(17%) e Quixeramobim (18%), segundo a Funceme. Os níveis podem variar ao longo
de um mesmo dia.
Doenças
respiratórias
O médico
otorrinolaringologista Ricardo Alencar salienta que a população cearense não
está acostumada a baixas umidades e, por isso, acaba não
tomando precauções para enfrentar o clima.
"Aqui
a gente não tá muito acostumado. Primeiro, antes de qualquer coisa, é hidratar
o corpo bebendo água. Às vezes as pessoas se preocupam em lavar o nariz, mas
esquecem que o corpo primeiro precisa está hidratada. A mucosa nasal precisa
estar hidratada por dentro primeiro", explica.
Segundo o
especialista, o tempo seco favorece doenças respiratórias. "Quando tem
umidade muito baixa o ar fica muito seco. É mais difícil de respirar, mais
difícil de fazer as trocas gasosas do pulmão. O pulmão, a traqueia, o nariz
ficam mais suscetíveis por conta da agressão. É importante que tenha uma boa
umidade do ar pra evitar doenças pulmonares e nasais: rinites alérgicas,
sinusites crônicas. Em resumo, as defesas da árvore respiratória vão ficar
comprometidas", salienta.
Classificação
da OMS
A OMS
considera umidade do ar acima de 60% como ideal. É considerado estado de
observação quando a umidade apresenta entre 31% a 40%. Quando ela fica abaixo
dos 30%, classifica-se como atenção. Já entre 12% e 20%, é considerado estado
de alerta. Por fim, abaixo disso, é considerado estado de emergência.
O cenário
é agravado pela intensificação de uma massa de ar seco ao longo do Nordeste.
Até novembro, o fenômeno deve continuar afetando principalmente áreas afastadas
do mar e longe da região de serras, explica o meteorologista Davi Ferran.
“Todo o
interior, áreas que não estão em serra e mais longe do mar, nessa época do ano
frequentemente atingem valores baixos de umidade do ar”, frisa.
De acordo
com Ferran, as taxas de umidade relativa do ar começam a cair quando cessa o
período de chuvas, a partir dos meses de julho, agosto.
Recomendações
do especialista para evitar impactos do ar seco:
Adulto -
tomar de 3 a 4 litros de água
Criança -
tomar de 10 ml a 30 ml por kg de peso
Evitar
ar-condicionado
Colocar
toalhas molhadas ou água em temperatura ambiente no quarto
Lavar o
nariz
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